‘ROBOCOPS’, A NOVA ARMA DA POLÍCIA MILITAR
- 06/14/2017
- comments
- Rita Coelho
- Posted in Destaques
- 0

A parafernália que PMs vão usar para se proteger em manifestações pesa dez quilos. O Equipamento de Proteção Individual (EPI) foi comprado para a Copa do Mundo, mas já está pronto para ser usado em protestos em que houver violência, como a praticada por black blocs. Os policiais terão um capacete que resiste à penetração de objetos pontiagudos, um colete que protege as costas, o tórax e os ombros, além de caneleiras que envolvem ainda os joelhos e os pés. Tudo feito de um material plástico super-resistente, mas não à prova de balas.
Segundo o comandante do BPGE, tenente-coronel Wagner Villares, o equipamento absorve fortes impactos como, por exemplo, de rojões e pedras. Há também protetores de mãos resistentes a chamas de até 427 graus. No cinto, é possível guardar duas pistolas: a .40 e a de choque (Taser). Mas, nos protestos, só oficiais e sargentos podem portar armas letais. O batalhão, onde estão lotados 600 policiais, conta com 200 desses equipamentos. Assim como as fardas, eles terão letras e números para identificar os policiais. Os agentes do Batalhão de Choque também vão usar os protetores.
Segundo o tenente-coronel Villares, além do material de proteção, os treinamentos estão sendo intensificados. O batalhão é formado por homens vindos de outras unidades da PM, além de policiais recém-formados.
– No momento, todos estão fazendo cursos de aperfeiçoamento e treinamento. Vamos começar um curso específico para aprimorar técnicas de abordagem em situações de tumulto – detalhou Villares.
TÉCNICAS DE ARTES MARCIAIS
A exemplo da PM de São Paulo, a polícia do Rio também está aumentando a carga horária na prática de artes marciais.
– Temos instrutores altamente qualificados. Professores de artes marciais estão dando instruções para o uso mínimo da força. A ideia é imobilizar e conter os mais exaltados, usando a energia necessária, porém sem violência. Fala-se muito em uso gradual de proporção da força, mas temos que ir além disso. Observamos que, se nós ficarmos trocando bombas com os manifestantes, isso só alimenta um confronto – disse o comandante.
Para Villares, o equipamento especial fará com que seus homens se aproximem dos manifestantes mais exaltados, além de reduzir o número de lesões nos policiais. O único inconveniente é que, durante um protesto, o policial anda, em média, de dez a 15 quilômetros. Com mais equipamentos, a mobilidade do PM fica um pouco prejudicada. Apesar de máscaras antigás terem sido adquiridas, a corporação pretende não usá-las com frequência:
– Do treinamento do policial também consta o aumento da tolerância ao gás. Nossa ideia é chegar à conciliação, mas as revistas vão continuar, pois elas são importantes. Não vamos permitir que ataquem o patrimônio público e privado, nem que queimem ônibus ou atinjam policiais e pessoas de bem.
“Inscreva-se no Canal da Prevenção. A sua participação é muito importante para a divulgação da Segurança do Trabalho”
Share this
Related Posts
Share this
About author
Tenho como objetivo, divulgar assuntos relacionados a Segurança do Trabalho, com uma leitura de fácil entendimento, objetiva e agradável para quem busca não só o aprendizado como também, aumentar os seus conhecimentos através de artigos que trazem novidades para a nossa área. Uma boa leitura!